O que são Incêndios
Um Incêndio é quando existe um fogo não controlado, o que poderá ser bastante perigoso para pessoas, animais e bens. Mortes podem ocorrer pela exposição a um incêndio, quer por inalação de gases, ou pelo desmaio causado por eles ou, numa fase posterior, pelas queimaduras graves.
Como pode começar um incêndio num edifício?
Quais os produtos que resultam da combustão?
A que velocidade se pode propagar a combustão?
Como se propaga um incêndio?
Quais os métodos de extinção de um incêndio?
Os incêndios em edifícios podem ser despoletados devido a falhas na instalação elétrica, curto-circuito em electrodomésticos, devido a velas, pontas de cigarro, etc. Caso não se tenham cumprido as regras de segurança na construção das estruturas, os incêndios podem propagar-se ainda mais rapidamente.
Os produtos de um fogo são os seguintes:
- O calor dissipado para o ambiente (poder calorífico), variando o risco de incêndio de acordo com a densidade da carga de incêndio;
- Os gases da combustão, alguns invisíveis, como por exemplo vapor de água, dióxido e monóxido de carbono;
- O fumo e os aerossóis que são produtos voláteis não gasosos;
- A radiação luminosa relacionada com a temperatura e com as brasas;
- Produtos não voláteis;
- Lenta: quando ocorre a uma temperatura baixa (inferior a 500ºC) e não existe emissão de luz.
- Viva: quando é produzida luz, chama ou incandescência.
- Deflagração: é uma combustão mais rápida cuja propagação tem uma velocidade inferior à do som no ar (340m/s).
- Explosão: combustão resultante de uma mistura explosiva que se propaga a mais do que 340m/s.
A propagação de incêndios pode ocorrer de quatro maneiras, de acordo com o tipo de transporte da energia:
- Radiação: ocorre de forma omnidirecional através do ar, suportada por infravermelhos e ondas eletromagnéticas;
- Convecção: movimentação do ar aquecido pela combustão;
- Condução: através de um corpo;
- por Projeção: de partículas inflamadas, que pode ocorrer na presença de explosões e fagulhas transportadas pelo vento.
- Carência ou remoção do combustível: ou seja, a diminuição da quantidade de material passível de incendiar-se.
- Limitação do comburente (oxigénio é o principal): impedimento do acesso do comburente à superfície do combustível por asfixia ou abafamento.
- Arrefecimento: redução da temperatura dos elementos combustíveis, com água por exemplo.
- Inibição: impedimento da transmissão de calor entre partículas do combustível, por exemplo através de pó químico.

Sistema automático de detecção de incêndio
Um incêndio num edifício deve ser detectado de forma particularmente rápida e o alarme emitido de modo a garantir a evacuação dos seus ocupantes. Pode ser detectado pelos ocupantes, mas um Sistema Automático de Detecção de Incêndios (SADI) deve ser levado em conta p.ex. para edifícios destinados a dormidas, centros comerciais, ou outros edifícios com grande aglomeração de visitantes.
Um SADI regista o início de um incêndio sem ser necessária intervenção humana e transmite essas informações a uma Central de Sinalização e Comando (CDI - central de detecção de incêndios). Graças a este sistema pode-se alertar mais cedo e de forma mais eficiente todos os ocupantes de um edifício para que os procedimentos de evacuação sejam iniciados e também emitir o alerta para os Bombeiros. Além de emitir um alarme, um SADI pode permitir também fechar portas resistentes ao fogo, comandar elevadores, comandar ventiladores, comandar Sistemas Automáticos de Extinção de Incêndios (SAEI) ou comandar energia eléctrica.
O tipo de SADI adequado depende de vários factores como a dimensão do(s) edifício(s), a(s) utilização(ões)-tipo ou se tem ou não vigilância permanente. Deve ser desenhado de modo a que a relação "sinal/perturbação" seja suficiente para evitar falsos alarmes e alarmes intempestivos, devendo ser realizado por especialistas devidamente qualificados e com experiência em projetos de SADI.
Tipo de equipamentos
- Dispositivos de accionamento manual do alarme (botões de alarme);
- Dispositivos de actuação automática (detectores de incêndio);
- Centrais e quadros de sinalização e comando;
- Sinalizadores de alarme restrito (p.ex. lâmpadas e/ou besouros);
- Difusores de alarme geral (p.ex. lâmpadas rotativas e/ou sirenes);
- Equipamentos transmissores automáticos do sinal ou mensagem de alerta;
- Telefones para alerta manual;
- Dispositivos de comando de sistemas e equipamentos de segurança;
- Fontes locais de energia de emergência.
